No mundo da arqueologia, lidar com
fragmentos de ossos e outras lembranças de pessoas que estão há muito
tempo mortas é uma atividade corriqueira. Mesmo assim, algumas
descobertas superam a barreira do aceitável e remetem a fatos horríveis
de vidas – e, principalmente, mortes passadas. Eis a lista das oito
principais descobertas arqueológicas que mais nos dão arrepios:
Vejam a lista:
Vejam a lista:
1 – Neanderthais canibais
Por mais distantes que pareçamos, nós e os neandertais somos próximos
o suficiente para que a revelação a seguir soe muito sinistra. Em 2010,
pesquisadores relataram a descoberta dos esqueletos de uma família de
neanderthais em uma caverna na Espanha. O que torna a descoberta tão
deprimente é que os ossos apresentavam sinais de canibalismo. As três mulheres adultas, três homens adultos, três adolescentes,
duas crianças e um bebê podem ter sido a refeição do dia para um outro
grupo de neandertais – seres humanos como nós ainda não habitavam a
Europa nesta época. Esta família não é a única evidência de canibalismo
neanderthal, de acordo com os arqueólogos. Parece que quando a situação
ficava difícil, os neandertais não hesitavam em contar com a ajuda – a
carne – de seus semelhantes.
Cerca de 11.500 anos atrás, uma criança de três anos foi queimada e
enterrada em uma lareira no centro do Alasca. Após a cremação, a casa
que abrigava foi abandonada. O corpo solitário – na realidade, fragmentos ósseos carbonizados, que
foram encontrados ainda dispostos da mesma forma como estavam quando o
fogo se apagou – atingiu em cheio o emocional dos seus descobridores: o
arqueólogo da Universidade do Alasca, Ben Potter e antropólogo
odontológico Joe Irish. Ambos os investigadores são pais de crianças com
aproximadamente a mesma idade que aquela encontrada no Alasca tinha
quando morreu. “Isso foi muito marcante para nós dois – pensar, além do aspecto
científico, que esta era uma vida, um ser humano tão jovem que morreu”,
conta Potter.
3 – O mistério da tumba
Sepultado, desenterrado, queimado e re-enterrados: esse foi o destino
pós-morte do meio-irmão de Alexandre, o Grande e seu sucessor, Filipe
III Arrhidaios, de acordo com textos históricos. A questão é: os
arqueólogos realmente encontraram o que restava do homem após tudo o que
fizeram com ele?
Um túmulo real na Grécia contendo os ossos queimados de um homem e de
uma jovem mulher pode ser o lugar de descanso de Filipe III e de sua
jovem esposa e rainha guerreira Eurídice. Eles foram, respectivamente,
mortos e forçado a cometer suicídio pela madrasta de Filipe III,
Olímpia, mãe de Alexandre, o Grande.
Mas alguns pesquisadores argumentam que o homem sepultado é na
verdade Filipe II, pai de Alexandre, o Grande. Isso faria da mulher na
tumba, Cleópatra, a última esposa de Felipe II (Não confundir com a
famosa rainha egípcia. Essa Cleópatra, no entanto, também teve um fim
trágico: ela foi ou morta ou forçada a cometer suicídio pela mesma
Olímpia, que, você já deve estar imaginando, não era flor que se
cheirasse).
O debate ainda permanece se o túmulo é o lugar de descanso final de
Filipe II ou III. O mais recente ponto do debate científico é se os
ossos foram queimados secos ou cobertos de carne e vísceras.
4 – Expedição mal-sucedida
A busca da lendária Passagem do Noroeste – o caminho pelo norte do
Canadá até o Alasca, a oeste – ceifou muitas vidas, incluindo a dos 129
exploradores que buscavam uma rota marítima pelo Ártico em 1845.
Liderados pelo contra-almirante britânico Sir John Franklin, a
tripulação condenada caminhou em direção ao desconhecido gelado, onde
todos iriam morrer principalmente de fome, escorbuto e hipotermia.
Para piorar, muitos dos resquícios dos homens mostram vestígios de
envenenamento por chumbo, provavelmente a partir de alimentos enlatados
que estavam comendo. Altos níveis de chumbo no organismo podem causar
fraqueza, vômito e convulsões.
Os primeiros mortos receberam um enterro adequado – mesmo que raso.
Mais tarde, à medida que mais e mais exploradores morriam, dizem os
pesquisadores, os corpos não eram mais enterrados – alguns podem ter
sido canibalizados. Poucos corpos foram identificados, apesar das
tentativas de reconstrução facial, como visto acima.
5 – Antiga guerra química
As guerras antigas era uma questão complicada, mas um grupo de 20 ou
mais soldados romanos podem ter encontrado uma morte particularmente
desagradável quase 2 mil anos atrás. Durante um cerco à cidade síria de
Dura, tomada pelos romanos, soldados persas cavaram túneis sob os muros
da cidade em uma tentativa de enfraquecê-los. Os romanos resolveram
cavar seus próprios túneis, na tentativa de interceptar os persas.
Estes, porém, perceberam o plano do inimigo e, de acordo com alguns
arqueólogos, e prepararam uma armadilha terrível: uma nuvem de fumaça
petroquímica nociva, que teria transformado os pulmões dos romanos em
ácido. Os túneis foram escavados primeiramente nos anos 20 e 30 do século
passado e estão sendo reescavados agora. Alguns arqueólogos modernos
acho que a colocação dos esqueletos e a presença de cristais de enxofre e
betume sugerem uma guerra química. Em todo caso, o gás de asfixia teria
sido “a fumaça do inferno”, opina o arqueólogo Simon James, da
Universidade de Leicester, Reino Unido.
6 – O primeiro leproso
A lepra, hoje conhecida como hanseníase, possuía há muito tempo um
estigma. A doença não é muito contagiosa, mas os leprosos foram banidos e
desprezados ao longo da história, em parte devido às feridas causadas
pela doença. Um achado arqueológico sugere que o estigma que envolve a hanseníase
começou bem antes do imaginado. Um esqueleto de 4 mil anos, descoberto
na Índia, é a mais antiga evidência arqueológica conhecida da
hanseníase. O fato de que o esqueleto sobreviveu sugere que a pessoa em
questão era um pária: a tradição hindu manda cremar os mortos – apenas
aqueles considerados inaptos são enterrados. O esqueleto foi encontrado
em uma caixa cheia de pedra junto com as cinzas de estrume de vaca
queimado – acreditava-se, naquela época, que a substância era sagrada e
purificante.
7 – O guerreiro leproso
Os leprosos nem sempre foram universalmente desprezados. Na Itália
medieval, eles podem até ter entrado para o exército e lutado em
batalhas. Um esqueleto descoberto recentemente em um cemitério medieval
italiano traz os sinais indicadores da hanseníase, bem como o que parece
ser um golpe de espada. O homem, que pode ter morrido em combate, foi
sepultado com seus companheiros.
Outros túmulos no cemitério são igualmente macabros. Pelo menos dois
continham os corpos de homens que tinham sobrevivido trauma na cabeça,
incluindo o que parece ser uma ferida de machado durante uma batalha. Um
homem, provavelmente ferido por uma clava, parece ter sido submetido a
uma versão medieval de cirurgia cerebral após a lesão.
8 – Acrobata em sacrifício
Provas de sacrifício humano já foram encontradas em todo o mundo, mas
a descoberta de um possível local de imolação, relatada em 2008 pela
revista Antiguidade, parece particularmente bizarra. Em um prédio antigo
no que hoje é a Síria, os arqueólogos encontraram uma estranha
combinação de ossos humanos e animais. Três esqueletos humanos estavam
lado a lado, sem cabeça. A julgar pelas lesões ósseas pouco comuns e
pelas áreas de fixação superdesenvolvidas de ligamentos e ossos, os
pesquisadores identificaram um dos esqueletos como um possível acrobata.
O edifício estava cheio de sujeira e abandonado depois que os corpos
sem cabeça foram deixados lá, levando os investigadores a suspeitar de
que os animais e os artistas se sacrificaram, talvez se deixando abater
por uma catástrofe natural de algum tipo. Se a vida de artista hoje em
dia não é fácil, imagina na Síria antiga.
Fonte: Hypescience
30 comentários:
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muito bom o post,interessante e curioso,parabéns a todos pelo esforço e empenho,beijão
pesquisarei outros posts :s
de:juno
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