Desde os primórdios da história da humanidade houve comunicação entre os seres humanos da espécie Neandertal, apesar de que a princípio o comportamento deles era racional e violento, tal qual o dos animais. Isto se explica porque o cérebro dos homens não era desenvolvido para pensar de forma lógica. Mesmo crescidos, os seres humanos tinham o cérebro funcionando igual ao de um bebê, se comunicavam através de grunhidos e gestos, não tendo a educação suficiente para desenvolver o dom da fala e da escrita. Ao longo dos séculos, eles passaram a associar emoções a comportamentos, objetos a signos e sons a significados até o momento em que descobriram que poderiam transmitir ideias e sentimentos por meio da escrita pictográfica e desenhos figurativos. As pinturas eram realizadas nas paredes das cavernas através de sangue animal, argila e plantas.
O desenvolvimento do cérebro humano em torno da linguagem evoluiu com maior facilidade após o surgimento da espécie Cro-Magnon, que conviveu com os Neandertais até a extinção deles por volta do ano 30.000 AC. A espécie Cro-Magnon tinha certa inclusão social, pois mesmo sem receber educação, eles desenvolveram o dom do conhecimento e da cultura, surgindo, desta forma, os primeiros livros escritos à mão e a música. Os Neandertais não conseguiram se adaptar a tanta evolução e viveram cerca de 10 mil anos em conflito com a nova espécie até desaparecerem completamente. Enquanto eles lutavam pela posse de suas terras, como os animais, a nova espécie aprendeu a arte do nomadismo, para se adaptar às dificuldades de sobrevivência. A espécie Cro-Magnon faz parte dos restos mais antigos dos Homo sapiens, ou seja, nós agora, no século XXI. Reza a lenda que os danos causados pelo aquecimento global e pelas constantes revoluções tecnológicas podem acarretar na extinção dos Homo sapiens e fazer surgir uma nova espécie.
No ano de 1949, o joalheiro alemão Johannes Gutenberg alterou os rumos da história humana ao inventar a tipografia, criando caracteres móveis que eram prensados com tinta vegetal sobre o papel, resultando em uma revolução impressa que fez surgir o Jornalismo. No entanto, as notícias e a censura andavam de mãos dadas: os jornais eram manipulados por pessoas influentes para fortalecer os seus poderes e interesses. No final do século XIX, a Revolução Francesa derrubou a censura e as pessoas passaram a ser induzidas ao consumo. Foi assim que surgiu a publicidade, o telégrafo, o telefone, a fotografia, o cinema e a televisão, obrigando a imprensa a derrubar o sistema feudal. Já no século XVIII, a Revolução Industrial fez surgir todo o universo capitalista de hoje em dia. Os produtos para consumo eram feitos manualmente por pessoas que eram praticamente escravizadas, levadas do campo para a migração nas cidades, o que resultou no crescimento desgovernado da população mundial e do aglomerado de habitantes por metro quadrado.
Com a conquista dos direitos trabalhistas após greves e revoltas populacionais, chegou ao fim a cultura erudita de alto padrão, dando início a cultura popular e vulgar, mas também o surgimento dos meios de comunicação social e a reforma agrícola. Com a Guerra Fria e as Guerras Mundiais surgiram o mercado cinematográfico, o rádio e a televisão. Já a nossa amada Internet, na qual se popularizou o conteúdo em áudio, texto ou vídeo e o cupom de desconto, por exemplo, surgiu no ano de 1983, mas chegou ao público apenas em 1988. No Brasil, a Internet se popularizou a partir do ano de 1995 apenas para quem tinha condições de adquirir um computador e pagar uma provedora discada. Hoje, a rede engloba tudo o que surgiu ao longo de tantas décadas em um único mundo virtual: compras, informações, rádio, televisão, jornais, conteúdo, música, cinema, livros, ferramentas úteis e inutilidades.
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